terça-feira, 10 de novembro de 2009

CANAIS.



CIBERCULTURA E COMUNICAÇÃO E REDE - segundo post.
Disciplina ministrada pelo Docente Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira.

Quando eu completar mais de 80 anos de idade, talvez eu seja entrevistado por estudantes universitários de comunicação - isso se tal classificação educacional ainda existir.

O motivo da entrevista será simples: como foi para mim, observar e assimilar toda uma mudança na estética tecnológica da comunicação. Porque como muitos outros, vi o telefone de dial ser substituído por teclas, logo, tornando um aparelho sem fio, ver a ficha telefônica de telefones públicos desaparecer dando lugar à um cartão - para finalmente, ter uma linha telefônica em meu próprio bolso, num aparelho menor do que minha carteira.

Também assisti e tive um TeleVisor (pense só neste nome) em preto e branco. Com um aparelho melhor comecei a assistir meus filmes em casa; e com um videocassete, acumulei montanhas de fitas VHS e as ainda substituo pouco a pouco por uma mídia melhorada chamada de DVD. E logo, aprimorada ainda mais por um formato chamado de Blu-Ray.

E o que não conheço, posso buscar em um website em que todas as pessoas do mundo criam seus vídeos.

Comecei a ocupar menos espaços substituindo os meus discos de vinil e fitas K-7 por CD's e aprendi que discografias inteiras podem ser convertidas para um formato de mídia digital intitulado de MP3, e cabem em algo menor do que uma caneta.

Deixei de correr riscos indo ao fliperama e ficar em jogos cíclicos baseados num mero sistema de pontuação, porque os videogames evoluíram de tal maneira que certos produtores de filmes ficam com inveja. Os novos jogos são filmes e eles exigem e bem mais do que uma pontuação elevada.

Ter uma calculadora científica era sinônimo de poder em algumas faculdades e universidades; hoje, é considerado como atrasado aquele que só tem um computador em casa, pois o notebook / laptop é um ítem quase obrigatório.

O sistema de correios... diremos que a sensação e relevância de receber uma carta escrito à punho por alguém jamas será substituída por um e-mail.
Como fotógrafo, penso sobre o que meus clientes poderiam me dizer se tivesse que revelar um filme de fotos de um trabalho encomendado; hoje, eles as querem ver no display da câmera antes que estejam postadas em meu website.
Minhas fontes de informação são bem mais rápidas; leio o que apenas desejo saber em qualquer parte do mundo por cliques de distância. Possuo a liberdade de buscar os mesmos fatos registrados por outros pontos de vista e chegar à uma que é minha. Posso dialogar mais e buscar mais.

Os livros ainda resistem, mas no próprio website onde posso comprar os livros que jamais serão publicados em meu país, já anunciam a venda de um aparelho eletrônico designado para guardar centenas de livros em sua memória.

Meu mundo mudou e fui testemunha, onde "mais" se tornou "menos".

Aprendi que isso não é tecnologia, mas uma mudança, talvez até por necessidade, de códigos e / ou formatos. Decidimos (ou fomos levados a crer) que precisamos de todas essas coisas mais rápidas, porque para alguns, o tempo está se tornando curto.

Tornamo-nos imediatistas e estamos convergindo tudo que conhecemos.

É nisso que penso quando leio e reflito sobre a Cultura de Convergência.

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