segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ESSE TAL DE AMOR.

Começo 2012 sobre um dos maiores problemas da humanidade hoje: o Amor.

Ou a falta dele. Caramba, nem eu estou isento desta crise. O diagnóstico me atingiu durante os últimos dias de 2011 (ontem mesmo, lembra?) quando estava escrevendo; daí percebi algo terrível quando estava preso num parágrafo.
Estava irresoluto, incompleto. Buscava alguma coisa para finalizá-lo. Li e reli o texto de novo e de novo pra saber qual era o problema. Cansado de lapidar um produto com a mente, li-o uma vez mais, porém, sem qualquer expectativa ou análise. Daí, tão simples como o ar a resposta apareceu.
Não havia quase nada de amor naquilo que fazia. Escrever é uma das coisas que mais amo fazer, mas o conteúdo apresentava apenas lógica específica; não era circunstancial, rendida ao acaso e principalmente à inspiração. Notei que em meus posts para o blog, escrevo de fora para fora. Por análise e reinterpretação. Há uma satisfação em escrever de maneira concisa e estrutural, respeitando a fluidez e apresentação de idéias, mas elas não em de nada se não tocarem o  Me entristeci a tal ponto que ignorei o texto por quase uma semana. Este é o tempo mínimo em que uso para trabalhar num post.

Frustrado, decidi abrir meu coração e buscar ajuda. Entrei em contato com Anna Carolina Basseto, uma colega blogueira cujos textos podem ser encontrados no Diário de uma Neurótica. São textos reflexivos, divertidos e até instrutivos para as mulheres modernas que possuem similares questionamentos nos assuntos do coração. O que ela escreve é fruto da era que estamos; afinal, temos que reconhecer o fato de que parte da população masculina converte-se para o homossexualismo, e que a outra parte se esquece gradativamente como tratar as mulheres. São seres que agem (e reagem) de acordo com os sentimentos - e hormônios.
Enfim, a admiro porque ela abraça suas verdades. São transcrições literais e diletas de seus sentimentos.  Ela não se rende ao que expressa, mas o que (ela) expressa define suas atitudes e a realidade que a cerca.  É genuína naquilo que diz. Amor é algo que ela busca; pra mim, é algo que observo, mantendo distância. Por anos, recusei-me a sentí-lo. Não me lembro quando tomei essa decisão conscientemente. Só sei que isso afeta minhas relações, meus movimentos, minha espontaneidade, inspiração e principalmente, a minha fé. Para alguns, o amor chega a ser algo ruim e isto é ridículo.

Hoje, gastamos dinheiro que não temos para comprar coisas que não precisamos e finalmente mostrá-las para pessoas que não conhecemos. Tratamos a religião como resposta, mas não como meio. Buscamos redenção de nossos pecados, mas nos recusamos a ajudar o próximo. O Amor está em falta, e só pode ser gerado por nós. Ironicamente, há pessoas disponíveis para todos, basta escolher - mas não as enxergamos; mal as sentimos. Aprendi com um grande mestre e amigo que as pessoas tem a capacidade de gerar a luz, ou refleti-las; mais uma lição que pode ser aplicada ao Amor. 
Pedi ajuda à Providência Divina (um exercício de provação da fé) e fui recompensado com os livros, amigos (em especial Sandro Cruvinel e Luciane Strähuber) - até mesmo as canções e filmes sobre o assunto. Graças à Deus, existem respostas para aqueles que às procuram:

Nos últimos dias do ano, assisti o DVD Lennon Legend que ganhei de um grande amigo - Marcelo Vargas. Mais uma vez chorei ao ouvir certas canções. Elas tem uma força e simplicidade incrível. John Lennon não compunha canções; ele dizia abertamente o que sentia através delas: Mother, Woman, Love, Instant Karma (o melhor refrão de todos os tempos), Mind Games, Nobody Told Me, Give Peace a Chance, Imagine... All You Need is Love.
Tenho fortes influências do conhecimento Samurai em minha conduta e filosofia espiritual; tento aplicá-las o máximo que posso em minha vida prática. Pela terceira vez, li O Caminho do Guerreiro Pacífico de Dan Millman - rebusquei meus próprios valores, reavaliei minhas atitudes, meu ego e sentimentos. No primeiro dia do ano, ouvi Fearless (trad. "sem medo") do Pink Floyd, minha mensagem musical interna para o coração.

É fácil absorver todas estas grandes lições sobre a importância do Amor. Difícil mesmo é aplicá-lo em cada respiração e atitude de nossas vidas. E é por isso que vale a pena; porque é simples.

Feliz 2012.

Foto por Grace Oda.

Um comentário:

Anna Carolina Basseto www.diariodeumaneurotica.com disse...

Um comentário do jeitinho que eu vivo e escrevo:
Que delícia de texto, sr observador do amor!!!

Adorei Andre.
Vc é quase sempre uma surpresa.
E é o quase que te mantem esse enigma que eu gosto tanto.

Beijos moço