sexta-feira, 28 de novembro de 2008

DE MICRO A SUPERMACRO - ou: "REVOLUCIONAR OU REVOLUCIONADOS?"



Como postulado anteriormente, tentei definir que a evolução do homem estende-se sem limites, através da comunicação.
Graças ao seu instinto de percepção, o homem se motivou para conhecer o seu mundo até mapeá-lo por completo. Assim ele construiu seus caminhos, multiplicou-se, conquistou e registrou.

Através deste processo, fizemos história; criamos novas línguas, povos e culturas. Algumas perduram, outras totalmente esquecidas. E quanto mais fazemos, mais o registro faz-se necessário para que os outros além de nosso tempo e espaço possam saber.
As informações se acumulam e mais fontes são criadas; com isso, mais opções.
O século XX foi semeado com concepções dessas fontes - agora, no século da informação, a grande colheita tornou-se obrigatória. Somando tantas pessoas, fatos, imagens e fontes um pode se perguntar: "QUAL INFORMAÇÃO É MAIS IMPORTANTE PRA MIM?"
Graças à velocidade das coisas, o tempo tornou-se elástico, e ainda, por opção - hoje, não nos chateamos tanto com o desastre ocorrido no outro lado do mundo, mas ficamos bem mais nervosos se nossa fonte não é rápida o suficiente para relatar o acontecido ou se a conexão com o servidor cai. Não é possível esperar mais pelo tempo. Queremos tudo ao vivo. É importante e valorosa a necessidade do saber (e estar "informado"). Queremos saber, mas por quanto tempo dura a informação assimilada?

"Terei tempo de digeri-la? E como lidar com os fatos do dia seguinte? Preciso - e mais importante: quero ter conhecimento delas? Estarei pronto para assimilá-las?"
A partir daqui, estamos lidando com o discernimento e escolha. Vivemos sobre pressão invisível da informação - hoje, é difícil não saber. Para aqueles que optam pelo contrário, sofrem até preconceito... O que vale a pena saber em tempos de supercomunicação e sobrecarga de informação? Não queremos mais as notícias de ontem (adendo: o jornal e toda forma de mídia impressa pode morrer? Como resposta, as árvores agradecem em silêncio enquanto existem).

Nossa época é bem diferente do que a de nossos antepassados -e até mesmo avós- viveram. Para alguns, "ter juízo" é considerado como respeito perante aos antigos valores e tradições. Para outros, é bem mais difícil (escolher), pois novos valores e interesses individuais e sociais surgem todos os dias.
Crianças crescem mais depressa, e seus brinquedos foram substituídos por roupas, celulares e computadores; um ensaio sobre ser adulto. A adolescência é pior: muitas opções, poucas escolhas. "Graças à mídia?" - um pode se perguntar. Acredito que não... Ela ainda é uma ferramenta. Repito: Qual informação é mais importante? Como definir uma fonte de mídia (informação, cultura e entretenimento) responsável e confiável?

O problema não é a tendência, mas a escolha. Para tanto, é importante refletir, indagar e questionar.
Tratando-se de resposta comportamental à mídia, existem duas opções:
  1. Trilhar e seguir fontes que fazem sentido para os valores individuais - tornando-se independente de influências e opiniões de massa, satisfazendo seu conhecimento condizentes à sua personalidade e realidade.
  2. Acolher a maior, mais simples e direta fonte popular de informação, tornando-se um igual a maioria.
De qualquer maneira, a mídia é ainda sinônimo de consumo, e cada pessoa deve conhecer os seus limites.
Esta é uma observação da mídia e seu poder.

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