sábado, 20 de setembro de 2008

EXERCÍCIO 1.



Quando comecei a estudar a ciência da comunicação e suas demais ramificações, precebi que, quanto mais formas de mídia existem, mais as mesmas se entrelaçam.
Quase como as religiões - caminhos diferentes, mas com o mesmo destino.

Consequentemente, as comparações tornaram-se (pra mim) automáticas e inevitáveis: estudar mídia é também um maravilhoso exercício de percepção sobre como os seus veículos conduzem subliminar, e até ferozmente, nossas vidas.

Pois nós vemos, assistimos, enxergamos, ouvimos, sentimos, escrevemos, conversamos, pensamos, opinamos, provamos, discutimos, diferenciamos, conduzimos, escolhemos e consumimos.

E jamais será o bastante.

(A não ser que todos nossos sentidos sejam anulados - e mesmo beirando tal situação, nem Helen Keller ficou imune ao desejo de se comunicar)

E por opção, eu tentei.

No 1º semestre deste ano, a matéria qua escolhi foi: Rádio & TV - informação e entretenimento." Apesar da premissa ser extremamente interessante (afinal, é um estudo de mídias!), houve um choque inicial entre o professor e eu: um simples caso de 'diferença de opinião' que me fez questionar se o que um professor diz numa sala de aula é considerado verdadeiro e factual para a formação de raciocínio, ideologia e aplicação prática do que é 'passado.'

Não considero-me um especialista em mídia, mas já experimentei de maneira prática algumas de suas formas, como Rádio, TV, Cinema, Fotografia e Jornalismo para chegar à conclusão do que pontuei no início desta postagem - de que as diversas expressões de mídia estão interligadas;

Sou fotógrafo e estudante de rádio; quero aprender mais - concluí que a fotografia é como o rádio: quando experenciamos a imagem 'parada', se é atraente ao ser observada, ela exige uma análise. Um esforço é feito para guardá-la na memória. E o mesmo pode-se dizer ao 'ouvir rádio' - prestamos atenção.

E, diferente da TV, apenas observamos sem refletir, pois as imagens estão sempre em movimento; a mente digere sem mastigar.
Uma absorção de mídia que não exige raciocínio.

Em suma: na minha 1ª aula desta matéria, afim de participar do debate inicial, postulei que "a "TV não possui memória".
O professor replicou, dizendo que estava errado. Mesmo depois de explicar didaticamente minha teoria.
Já era tarde demais para trocar de matéria e tudo que o professor teve de mim pelo resto das aulas no semestre, foi o meu silêncio.

Sendo um comunicador, apenas ouvi; mas as minhas vivências e experiências midiáticas ensinaram-me de que nem tudo que eu absorvo é verdadeiro .

E ainda não obtive minha nota - talvez por minha "participação."

Um comentário:

Camila Castro disse...

O diálogo foto/texto/participação são perfeitos.