Estou na fase 2 de minhas férias; tempo reservado para voltar ao meu centro e desenterrar as coisas que fazem parte de mim e que tornam minha vida num âmbito pessoal bem mais agradável.
Refiro-me sobre os dons dados por Deus em minha escrita, meu olhar (fotografia) e a música.
Ao escrever isso, observo pela janela um Sábado ensolarado. Sorrio ao ver o meu cachorro fielmente ao meu lado - exercendo sua leal companhia -, fecho os olhos e abro o canal que liga meu coração à minha mente e a mente a algo maior.
Para tornar o processo de escrita mais fácil, leio e releio dicas de professores de escrita: a autocrítica é jogada da janela, penso no trabalho de meus autores favoritos, imagino o objetivo de cada parágrafo para alcançá-lo, treino com e-mails, pedaços de canções que estão sendo escritas, concentro-me no presente.
A batida de cada tecla em meus dedos é uma das melhores sensações que existem, juro. E cada tecla é um respiro, um sinal de meu pulso, um som que faz sentido em minha vida. Deus, como é bom escrever e ter a oportunidade por um meio tão fantástico; ainda que ninguém mais leia este blog, mas há um prazer único.
Johnny Cash me acompanha com suas canções de fé, amor, condenação e redenção. Eu quero, eu busco a inspiração. A fome grita com tudo em meu estômago mas eu a ignoro. Meu corpo sente a necessidade de malhar (mas agora não!). Seria uma bela tarde para pedalar (mas estou de férias), para fotografar (mas já fiz isso demais nos últimos 3 anos), tocar o meu novo contrabaixo (muito bonito e com um som fantástico), mas não. Apenas escrevo.
E, quando descanso meu olhar, só miro para a janela e miro o sol. Os meus olhos doem ainda mais, as idéias me atingem. E continuo a escrever.
E, quando descanso meu olhar, só miro para a janela e miro o sol. Os meus olhos doem ainda mais, as idéias me atingem. E continuo a escrever.
Até mesmo uma oração para Sísifo é uma perda de tempo. Mas em meu íntimo peço ajuda à Orwell, White, Straczynski, Lee, Moore, Sontag, Capote e tantos outros que adoro e não consigo me lembrar.
Escrevo o que me vem agora pelo simples exercício.
*Fim de pausa; hora de voltar ao trabalho*
Um comentário:
Querido André: que satisfação descobrir um escritor bonito, talentoso e sensível através da internet, lugar no qual as pessoas fazem o uso de palavras abreviadas e pensamentos truncados. Referência bem humorada e inteligente ao mito de Sísifo!
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